21/10/2020 | Brasil a Calicute

O que Cabral fez depois de descobrir o Brasil?

Descubra a jornada inspiradora de paraquedistas e velejadores que reconstroem a história de Cabral, explorando aventuras e conexões inesperadas.
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No ano de 2017, o Departamento ALBATROZ de Paraquedismo do Aeroclube do Paraná celebrava cinco décadas de existência, um marco que inspirou a reunião dos atletas para uma confraternização dedicada a relembrar suas façanhas e histórias por meio de um livro comemorativo. Entre os membros das primeiras turmas, destaca-se Frank Amaro de Souza, também conhecido como Comandante “Kamudo”, título conquistado após uma marcante exibição de paraquedismo e uma entrevista para uma jornalista da TV local.

Nestas conversas, notamos uma notável afinidade de interesses que transcendeu o paraquedismo que nos uniu inicialmente. Ele, um piloto comercial altamente experiente; eu, um cientista aeronáutico e piloto esportivo. Ambos compartilhamos a paixão por velejar e mergulhar, além de sermos estudiosos de história, geografia e literatura. A disposição para novas aventuras nos aproximou ainda mais.

Durante seu relato sobre a viagem como comandante do veleiro "Papa-Léguas" durante a regata dos 500 anos do Descobrimento, Frank lançou-me uma pergunta intrigante que desencadeou minha busca por respostas: "Você sabe o que Cabral fez depois de descobrir o Brasil?" A pesquisa subsequente revelou a falta de consistência nas respostas, destacando a escassez de informações históricas confiáveis. 

Diversas circunstâncias contribuíram para esse enigma, como o incêndio no Museu do Tombo em Lisboa, durante o terremoto de 1775, que destruiu documentos raros, e as complexidades na tradução de relatos devido aos idiomas hindu e árabe, além das tormentas políticas que relegaram essa história a um segundo plano nos países envolvidos.

O confinamento durante a pandemia despertou em nós o desejo de explorar o mundo novamente. O anseio por liberdade reacendeu, e o projeto de refazer os caminhos de Cabral tornou-se uma necessidade.

Em 2021, Frank estendeu a Franco Rovedo um convite para escrever e participar do projeto, visando financiamento pelo Ministério da Cultura através da Lei Rouanet. Assim, surgiu a ideia do livro e a pesquisa aprofundada no tema. No final de 2023, receberam a aprovação para captação de recursos, proporcionando à expedição uma nova perspectiva.