24/02/2025 | Brasil a Calicute
Cape Recife . Um Aviso aos Navegantes
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Diário de Bordo 24.02.25
Cape Recife foi proclamada Reserva Natural em 1973 e está situada na Marine Drive, Summerstrand, a 15 km de Port Elizabeth. São 366 hectares que oferecem belas praias intocadas, vegetação natural de dunas, afloramentos rochosos, um farol construído e um antigo posto de observação militar.
O Farol do Cabo Recife foi construído em 1851 para aumentar a segurança da navegação na região, conhecida por seus perigosos recifes, bancos de areia e correntes traiçoeiras. Antes de sua construção, muitos naufrágios ocorreram, evidenciando a necessidade urgente de um auxílio à navegação.
Durante o século XIX, o tráfego marítimo na área cresceu devido ao comércio e ao transporte, exigindo medidas eficazes para proteger navios, cargas e tripulações. Além disso, a proximidade do Cabo Recife com a Baía de Algoa destacava sua importância estratégica para as rotas marítimas na costa sul-africana. Garantir a segurança dessas rotas era fundamental para o desenvolvimento econômico local.
Em Summerstrand (Praia de Verão) está localizada uma importante instituição de ensino e pudemos visitar o campus norte.
A Universidade Nelson Mandela (Nelson Mandela University - NMU), localizada em Port Elizabeth, África do Sul, é uma das principais instituições de ensino superior do país. Fundada em 2005 pela fusão de diversas instituições acadêmicas, recebeu o nome de Nelson Mandela em 2017, homenageando o líder sul-africano e seu legado de educação e inclusão.
A NMU oferece uma ampla variedade de cursos de graduação e pós-graduação em áreas como engenharia, ciências, negócios, saúde, artes e tecnologia. Com um forte compromisso com inovação, pesquisa e sustentabilidade, a universidade abriga importantes centros de estudo, incluindo programas voltados para ciências marinhas e conservação ambiental, aproveitando sua localização costeira.
No final da tarde, chegamos a um mirante que abrigava um sinalizador (beacon) e oferecia estruturas de apoio para os banhistas. Observamos como o turismo é tratado com seriedade nas cidades da África do Sul, com infraestrutura bem cuidada e receptiva.
De lá, seguimos para o jantar. A gerente do hotel nos recomendou um excelente restaurante à beira-mar, chamado The Coachman (O Cocheiro). O local tinha uma vista deslumbrante da baía e um ambiente acolhedor. O atendimento foi impecável, com jovens simpáticas e prestativas, que nos ajudaram a escolher pratos e bebidas. Todos falavam inglês fluentemente e demonstraram grande hospitalidade, fazendo de tudo para que nossa experiência na cidade fosse memorável.
Frank decidiu experimentar um peixe típico da costa sul-africana, o Kingklip, que não encontramos no Brasil. De aparência peculiar, lembrando uma mistura de peixe e enguia, surpreendeu pelo sabor delicado e carne branca e macia. Já eu preferi não arriscar e optei por um suculento filé com fritas e purê de espinafre. Além da excelente refeição, ficamos impressionados com os preços, consideravelmente mais baixos do que encontraríamos no Brasil, talvez por estarmos fora da alta temporada.
No final da refeição, o proprietário, George, um grego, soube que éramos brasileiros e veio nos cumprimentar. Conversamos bastante, trocamos contatos e até registramos o momento com fotos ao lado da equipe e do próprio George.
Encerramos a noite cedo, pois no dia seguinte começaríamos nossa jornada dirigindo até a Cidade do Cabo.
