03/03/2025 | Brasil a Calicute

Os Diamantes e a Viagem de Ônibus

Mudança de planos, aventuras inesperadas e uma aula sobre diamantes. Nosso diário de bordo na África do Sul foi uma jornada inesquecível!
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Diário de Bordo – 3 de março de 2025  

Após muita reflexão, decidimos não seguir para a Tanzânia e o Quênia, como havíamos planejado. O primeiro obstáculo foi o visto para a Tanzânia, que demorou demais para ser aprovado. Além disso, os custos também pesaram na decisão. Como a mudança de país exige entrada por um aeroporto internacional, precisaríamos voar para Nairobi antes de seguir para Melinde. Não havia a opção de um voo direto de Dar es Salaam para Melinde, que fica bem mais próxima. No fim das contas, seriam poucos dias para explorar muita coisa, com um orçamento apertado. Por isso, optamos por retornar à cidade mais importante da viagem: Mossel Bay.  

Escolhemos viajar para Mossel Bay de ônibus por uma questão de economia. A passagem de avião custaria 3.000 rands por pessoa, enquanto a de ônibus saiu por apenas 300.  

Tentei fazer a reserva online, mas o sistema era confuso demais. Decidimos então comprar as passagens pessoalmente e, caso demorasse muito, aproveitaríamos o tempo livre no Wavefront, que ficava próximo à rodoviária. Foi exatamente o que aconteceu.  

Chegamos à rodoviária por volta das 11h e garantimos nossos bilhetes para o ônibus das 15h. Em seguida, pegamos um táxi até o Waterfront, onde conhecemos o motorista Mr. Round, um simpático e falante nativo do Zimbabwe. Ele nos garantiu que estaria de volta para nos levar à rodoviária a tempo da partida – e confiamos nele.

No Waterfront, tínhamos várias opções para passar o tempo, mas o Museu do Diamante nos chamou a atenção. Optamos pelo Shimansky Diamond Experience Tour, onde aprendemos sobre a mineração, corte e lapidação dos diamantes, além de ver algumas das pedras mais raras do mundo. Também conhecemos a tanzanita, uma pedra 1000 vezes mais rara que o diamante, apresentada por uma bela especialista sul-africana. Junto a um casal de alemães, tivemos uma verdadeira aula sobre diamantes, explorando sua história, técnicas e curiosidades.

Depois, almoçamos e passeamos pelo Waterfront, admirando a arte africana. Tudo era belo e criativo, com obras feitas dos mais diversos materiais. A vontade era levar tudo, mas sabíamos que esse não era o propósito da viagem.

No horário combinado, voltamos ao ponto de encontro, onde nosso amigo motorista já nos esperava para nos levar de volta à rodoviária.

A viagem transcorreu tranquilamente, e já passei por experiências bem piores em ônibus no Brasil. O único momento inesperado aconteceu quase no destino, quando o motorista freou bruscamente e parou no acostamento. Por um instante, tememos o pior — chegamos até a imaginar um atropelamento. No entanto, a realidade era bem diferente: vários passageiros e passageiras desceram apressados para aliviar-se no mato, à beira da estrada. Pelo visto, aquele ponto era uma parada "sagrada" para esse fim. Depois do susto inicial, a situação se revelou bastante divertida.  

Chegamos a Mossel Bay por volta das 23h e pegamos um táxi até a pousada que havíamos reservado, a Bar-T-Nique. Exaustos da viagem, acabamos esquecendo no táxi a valise com a papelada do Frank. Mas isso ficaria para o dia seguinte — tudo o que queríamos naquele momento era descansar.