26/10/2020 | CULTURA em Revista

A Aquarela . Fernando Patrial

Aquarela: arte fluida que combina história e técnica. Explore a leveza da cor e as habilidades necessárias para criar belas transições.
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A aquarela é uma técnica de pintura que utiliza tintas solúveis em água para criar obras de arte caracterizadas pela transparência e fluidez. Surgida na China no século IV, ela se popularizou na Europa durante a Renascença, especialmente com artistas como Albrecht Dürer, que exploraram suas possibilidades para criar estudos e obras completas.

O grande atrativo da aquarela está nos efeitos únicos e imprevisíveis que ela permite, graças à interação entre a água, o pigmento e o papel. Diferente de outras técnicas, a aquarela exige planejamento e controle, já que as camadas transparentes dificultam a correção de erros. Os artistas precisam ser ágeis para misturar cores e criar transições suaves antes que a tinta seque.

A escolha do papel é crítica na aquarela. Papéis de alta qualidade, feitos geralmente de algodão, apresentam uma textura que retém melhor a água e permite que o pigmento se espalhe de forma uniforme. A gramatura do papel também é importante: papéis mais espessos suportam melhor a umidade e evitam deformações.

Há várias técnicas na aquarela que permitem ao artista criar diferentes efeitos. A técnica molhado sobre molhado, em que se aplica tinta em papel úmido, gera bordas suaves e transições gradientes, enquanto o molhado sobre seco proporciona mais controle e definição, formando contornos nítidos e bem delimitados.

A aquarela é valorizada por sua portabilidade e versatilidade. As tintas, disponíveis em tubos ou pastilhas, são fáceis de transportar, o que a torna popular para pinturas ao ar livre. Além disso, é amplamente usada em ilustrações, moda, arquitetura e outras áreas onde se busca explorar a leveza e a suavidade das cores.

Artistas contemporâneos seguem expandindo os limites da aquarela, combinando-a com outras técnicas e materiais. Sua natureza imprevisível desafia os artistas a desenvolverem habilidades técnicas enquanto exploram possibilidades criativas infinitas, resultando em obras de delicada beleza e complexidade.


Fernando Francisco de Campos Mello Patrial é arquiteto e artista plástico com destacada atuação nas áreas de arquitetura e artes visuais. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela UMC/USP em 1983, Patrial possui também especializações em Arte Contemporânea pela ECA/USP (1989) e em Gerenciamento de Projetos (1995). Ao longo de sua carreira, acumulou experiências tanto na administração de obras quanto na criação de projetos arquitetônicos e artísticos, com passagens por empresas como Sfera Engenharia e IDEA Planejamento. Entre 1987 e 1990, chefiou o Escritório Regional da FAMEPAR, onde participou da implantação do PEDU (Projeto Estadual de Desenvolvimento Urbano).

Patrial é reconhecido por suas obras de artes visuais, especialmente em pintura acrílica, participando de diversas exposições coletivas e permanentes, incluindo obras de grande escala, como o tríptico de 7 metros no Espaço Torres, em Curitiba. Além disso, organizou e promoveu eventos culturais e seminários, em especial com o IAB-PR, como o seminário “Repensando Curitiba para o século XXI,” que abordou a relação entre urbanismo e a experiência humana nas cidades. Suas ilustrações e aquarelas sobre pássaros também figuram em publicações literárias, como o livro "O Pensador", da Academia de Cultura de Curitiba.


SUMÁRIO da CULTURA em Revista nº1