26/10/2020 | CULTURA em Revista
Artista Plástico . Sérgio Prata
Sérgio Prata inevitavelmente uniu sua paixão pela aviação à sua arte, sendo filho do bancário e piloto privado Miguel Garcia Alves e da escritora Lola Prata. O momento decisivo ocorreu aos 17 anos, quando, após meticulosos preparativos e uma semana de treinamento em uma praia deserta, ele recebeu o primeiro prêmio no XV Concurso Nacional de Esculturas em Areia, realizado na praia de Pitangueiras, Guarujá, em fevereiro de 1981. Sua escultura "Deem uma chance à paz", retratando John Lennon, conquistou tanto o público quanto o júri, rendendo-lhe o primeiro lugar do Prêmio Nacional Air France.
O prêmio incluía uma viagem, oferecida pela companhia aérea francesa. Sérgio decidiu permanecer em Paris, onde estudou por 5 anos na renomada École Nationale Supérieure des Beaux-Arts.
Durante esse período na Europa, Sérgio explorou amplamente os museus em diversos países, incluindo Itália, Portugal, Espanha, Grécia, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Suíça e outros, mergulhando nas coleções de lugares como o Museu do Vaticano em Roma, Museu do Prado em Madrid, Museu Picasso e Fundação Miró em Barcelona, Museu Van Gogh em Amsterdã, Royal Ontario Museum em Toronto, Museu de Arte Bizantina em Atenas, entre outros.
Na área da arte, Sérgio Prata teve uma trajetória eclética, explorando uma variedade de técnicas como afrescos, pinturas em tela, murais, esculturas em areia, argila, bronze, pedra e concreto, gravuras, restaurações, mosaicos, ícones, vitrais... Essa diversidade reflete sua extensa pesquisa e o resultado de um trabalho árduo ao longo dos anos.
Além disso, Sérgio desenvolve atividades relacionadas às artes plásticas, realizando exposições tanto no Brasil quanto no exterior, e criando obras murais monumentais e sobre cavalete para espaços públicos e colecionadores particulares. Seus retratos, feitos em Paris no início de sua carreira, estão espalhados por cerca de 21 países, e ele é autor de obras de arte sacra em diversas igrejas, capelas e catedrais.
Em outubro de 1996, Sérgio Prata combinou cera de abelha emulsionada com pigmentos fosforescentes e criou uma nova tinta altamente resistente. Isso permitiu que ele pintasse na completa escuridão a face do santo Sudário sobre o peito do Pantocrator, na abside da Igreja Santa Terezinha em Bragança.
Com essa encáustica fosforescente, ele produziu suas primeiras obras bifásicas (nas exposições Contrastes e Fosforescências), onde é possível apreciar uma pintura sob a luz do dia e outra na escuridão.
Após mais pesquisas, Prata desenvolveu a técnica trifásica, criando obras que apresentam três pinturas diferentes: uma visível na luz natural, outra sob luz ultravioleta, e uma terceira na escuridão total após uma carga de luz.
As pinturas trifásicas receberam um prêmio na Bienal Internacional do México.
Hoje Sérgio Prata mora e trabalha em seu atelier em Bragança Paulista e sempre que possível vai a Curitiba atender seus clientes e visitar os amigos que fez em seus 10 anos na cidade.